Português / English
Objectivos



  
O Ministério da Saúde de Cabo Verde está a preparar a mudança dos medicamentos administrados aos seropositivos que seguem o tratamento com antiretrovirais (ARVs) para reduzir os efeitos secundários provocados por esses fármacos. Saber mais
Combater o VIH/SIDA, malária e outras doenças

Situação Actual

Meta: até 2015, deter e começar a reduzir a propagação do VIH/SIDA.

VIH/SIDA

         O VIH/SIDA é uma doença que, infelizmente, faz parte da realidade de muitas pessoas.

         Todos os dias, 7500 milhões de pessoas são afectadas pelo vírus da SIDA, e outras 5 500 morrem devido à falta de prevenção e de tratamento contra esta doença. Porém, o número de novas vítimas diminui graças a programas de prevenção e a tratamentos com anti-retrovirais (inibem a reprodução do VIH no sangue).

         Salienta-se que a comparação de dados é dificultada pois como as pessoas recém-infectadas conseguem sobreviver durante mais tempo, o número de pessoas que vivem com SIDA está continuamente a aumentar, sendo de 33 milhões em 2007.

         A África Subsariana é a região onde vivem mais pessoas infectadas pelo VIH, seguida da Índia, onde o VIH está em rápida expansão. 

 



(Fonte: relatório sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM’s) 2008, gráfico da página 29, adaptado)

         Cada vez mais as mulheres representam a maior parte da população que vive com VIH, dado que são mais vulneráveis fisiologicamente e não têm poder nas relações sexuais.

         Os casos mais graves são na África Subsariana, onde 60% dos adultos que vivem com VIH são mulheres e os casos mais satisfatórios são no Leste Asiático e na CEI, Ásia.

As campanhas de prevenção contra o VIH têm demonstrado bons resultados, na medida em que:

·         As pessoas estão a reduzir os comportamentos sexuais de risco;

·         A utilização do preservativo aumentou;

·         A proporção de mulheres que se tornaram sexualmente activas, antes dos 15 anos, diminuiu;

·         A proporção de homens e mulheres que tiveram mais do que um parceiro também diminuiu.

             Tudo isto conduz a uma diminuição significativa da prevalência do VIH.

 

A procura de terapia anti-retroviral é maior do que a oferta.

            Apesar do número de pessoas que recebem terapia anti-retroviral ter aumentado para 950 mil em 2007, neste mesmo ano, 2,7 milhões de pessoas foram infectadas pelo vírus.

            Em 2007, apenas 3 milhões de pessoas dum total de 9,7 milhões, tiveram acesso aos medicamentos. É evidentemente notável que a procura deste tratamento é muito superior à oferta.

            Apesar da dosagem desta terapia ser insuficiente para o número de casos, a utilização de medicamentos anti-retrovirais conseguem sempre ajudar muitas pessoas.

Já temos a noção de que muitas pessoas perdem a vida com esta doença, mas também há muitas crianças inocentes que perdem os pais e outros parentes devido à SIDA, ficando órfãs e muito vulneráveis, por isso devem ser especialmente ajudadas.

            Até então, não era dada muita importância por parte dos governos a esta situação. Contudo, ultimamente, vários países estão a assegurar que as suas crianças órfãs tenham acesso à educação, a cuidados de saúde, a protecção e segurança social. Há, portanto, vários planos que pretendem ajudar estas crianças, porém alguns deles não têm apoio suficiente para progredirem ou realizarem-se, efectivamente.

Meta: até 2015, deter e começar a reduzir a incidência da malária e de outras doenças graves.

A malária

             A malária é também conhecida pela doença resultante da picada do mosquito “Anopheles” ou simplesmente por paludismo. Apesar de qualquer definição, de qualquer nome que a quisermos chamar, uma coisa é certa, é a doença que mata uma criança a cada 30 segundos. No tempo de um suspiro ou de um espirro, uma criança perde a vida.                          

             Se é justo o que acontece? Nunca ninguém disse que a vida era justa. Mas apesar disso, é uma realidade aterradora que precisa de ser mudada.

Redes mosquiteiras

         A utilização de redes mosquiteiras tratadas com insecticidas é um bom método para prevenir a malária, visto que esta é uma doença transmitida pela picada de um insecto.

         A produção mundial destas redes aumentou muito nos últimos 3 anos. Em 2007, havia 95 milhões de redes. Algumas instituições como a UNICEF e o Fundo Mundial contra a SIDA, Tuberculoso e Malária também aumentaram as suas aquisições de redes, para um total conjunto de 38 milhões, que foram distribuídas pelos países em desenvolvimento, principalmente na África Subsariana. Apesar destes progressos, as metas ainda estão longe de ser alcançadas.

         A distribuição destas redes não é equitativa. A probabilidade das zonas urbanas obterem redes é 6 vezes superior às zonas rurais e, nas populações mais ricas essa probabilidade é 11 vezes superior do que nas populações mais pobres.

Outros tratamentos

         A solução para a cura desta doença envolve grandes investigações científicas e são necessários grandes fundos, todavia, isso não é motivo para desistir de salvar vidas e o agradável facto é que os tratamentos da prevenção da malária têm aumentado.

         O tratamento de crianças febris é elevado na África Subsariana. Porém, duma forma geral, a proporção de crianças que recebeu medicamentos para a malária diminui em 5%, o que não é bom.

         O tratamento à base de artemesina (ACT) é o mais eficaz, porém não é tão utilizado por ser de elevado custo. Contudo, o financiamento para a aquisição de ACT aumentou. Esperemos que futuramente a utilização deste tratamento seja uma realidade para todos.

         Com um aumento de fundos, será possível salvar muitas vítimas da malária. É, então, necessária a ajuda de todos…

As soluções para a erradicação da doença da malária são:

·         Expansão de programas de prevenção;

·         Aumento da utilização (ou distribuição) de redes tratadas com insecticidas;

·         Pulverização das casas;

·         Ter acesso a uma maior quantidade de medicamentos e mais eficazes;

·         Tratamentos à base e ACT;

·         Consultar um médico regularmente e seguir os seus conselhos;

·         Ter cuidados com a higiene e evitar acumulações de resíduos e de águas.

Tuberculose

A tuberculose também é conhecida por “tísica pulmonar” ou por “peste branca” e é causada por uma bactéria, designada de Mycobacterium tuberculosis. Já acompanha a humanidade a longa data, mesmo sem ninguém a querer por perto, pela “simples” razão de que ela mata. Haverá razão maior!?

(Fonte: Relatório sobre os ODM’s 2008, gráfico da página 33, adaptado)

 

         A taxa de prevalência da tuberculose e a taxa de mortalidade desta doença estão a diminuir, na maioria dos países. Pela análise do gráfico notamos que, na África Subsariana e na CEI, estas taxas aumentaram, o que dificulta a concretização das metas previstas para 2015.

         Em 2006, 1,7 milhões de pessoas morreram devido a esta doença e outras 14,4 milhões encontravam-se afectadas, estes valores devem-se, em parte, ao aumento demográfico das últimas décadas.

         É importante a detecção precoce dos casos de tuberculose e garantir que toda a população tenha acesso a tratamentos e medicamentos, para conseguir-se diminuir estes valores absurdos.

         O tratamento de curta duração sob vigilância directa (CDVD) da tuberculose teve um êxito de 85%, em 2005. Estes tratamentos envolvem diagnósticos correctos e o registo dos doentes com tuberculose, seguidos de uma politerapia normalizada.

A tuberculose é difícil de tratar e é de fácil contágio, devido a:

·         Imunidade causada pela SIDA;

·         Acelerada propagação da doença, através da migração;

         Aparecimento de novas estirpes de bactérias que são resistentes aos medicamentos.
Se deseja imprimir a informação desta página, clique no ícon verde,
assim não imprimirá as imagens, gastando menos tinta e papel.

Copyright © VISION 2015. Todos os direitos reservados.