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Objectivos



  
Para evitar que famílias passem fome, um grupo de dez voluntárias recebe todos os dias alimentos para distribuir a quem aparece a pedir no Centro Paroquial das Caldas da Rainha. (…) Algumas mães vêm cá mais do que uma vez por mês, sobretudo para levar leite e farináceos.  Saber mais
Criar uma parceria mundial para o desenvolvimento

Situação Actual

Meta: Satisfazer as necessidades especiais dos países menos avançados, dos países sem litoral e dos pequenos Estados insulares em desenvolvimento.

         As nações unidas estipularam que a ajuda pública ao desenvolvimento (APD) seria de 0,7% do Rendimento Nacional Bruto (RNB) dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Contudo, muito poucos países conseguiram alcançar essa meta, pois alguns ficaram-se pelos 0,28% do RNB.

         Na Cimeira de Gleneagles, o grupo dos 8 países mais industrializados (G8) anunciaram que iriam duplicar, juntamente com outros doadores, a APD destinada aos países de África, até 2010. Mesmo assim, é necessário que África cresça muito mais.

Meta: Continuar um sistema comercial e financeiro aberto, baseado em regras e não discriminatório.

Barreiras comerciais

         O acesso de uma grande parte de países em desenvolvimento ao mercado é, por vezes, limitado. Ainda existem muitas barreiras para superar, nomeadamente as que se referem às exportações do mundo em desenvolvimento para o mundo desenvolvido.

         Em 2005, o acordo sobre têxteis e vestuário da Organização Mundial do Comércio liberalizou o comércio neste ramo em alguns países em desenvolvimento.    

     O acesso isente de direitos aos mercados e o baixo nível das taxas das tarifas aplicadas a vários produtos (agrícolas, têxteis, etc.) teve um impacto positivo nos países menos avançados. 

Subsídios agrícolas

         O gráfico seguinte traduz os valores da ajuda pública ao desenvolvimento (APD) dos países da OCDE-CAD e do apoio ao sector agrícola destes mesmos países.

(fonte: relatório sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio 2008, gráfico da página 46, adaptado)

         Durante vários anos, os países desenvolvidos desincentivaram a produção agrícola nos países em desenvolvimento, por isso, deu-se uma crise alimentar a nível mundial, o que prejudica, em demasia, a concretização do objectivo 1 “Erradicar a pobreza extrema e a fome”.

         Pela análise do gráfico, podemos verificar que o apoio total dos países em desenvolvimento aos seus próprios sectores agrícolas cresceu bastante entre 2000 e 2004 (cerca de 65 mil milhões de dólares), depois sofreu uma ligeira redução até 2006. A ajuda pública a desenvolvimento também aumentou nestes anos, contudo, é três vezes inferior à ajuda anterior.

A importância do comércio para o desenvolvimento

         O gráfico seguinte representa a APD proveniente dos países da OCDE-CAD, destinada a serviços sócias básicos (educação, alimentação, saúde, água potável e condições de saneamento) e a Assistência técnica destinada ao desenvolvimento/reforço do comércio.

(fonte: relatório sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio 2008, gráfico da página 46, adaptado)

         Pela análise do gráfico, podemos verificar que a ajuda pública ao desenvolvimento de serviços sociais básicos aumentou mais de 15%, entre 2001 e 2006, por outro lado, a APD da assistência técnica relacionada com o comércio/reforço de capacidades é muito reduzida e ainda sofreu uns ligeiros altos e baixos ao longo dos anos, mas no final, no ano 2006, a percentagem era igual a inicial.

         É então, necessário reforçar a ajuda relacionada com o comércio, porque se os países em desenvolvimento conseguirem melhorar a sua economia e os seus rendimentos, concomitantemente conseguiram melhorar os serviços sociais básicos e serem mais independentes da ajuda do exterior.

         Na realidade, os países desenvolvidos e doadores têm dedicado a sua atenção aos sectores abrangidos pelos ODM’s em detrimento da cooperação técnica, que é indispensável para estimular o desenvolvimento da produção, do comércio e do próprio país.

         Oxalá que os países desenvolvidos consigam visionar a globalidade da questão. Só assim será possível alcançar os restantes ODM’s, com a ajuda de uma economia base de qualidade e de confiança.

Meta: tratar de uma maneira global os problemas da dívida dos países em desenvolvimento.

         O peso da dívida dos países em desenvolvimento está a diminuir, o que é muito positivo.

*PPME: Países Pobres Menos Endividados.

         Os países que chegaram ao ponto de conclusão receberam uma ajuda suplementar no valor de 21,2 mil milhões de dólares, o que lhes permitiu reduzir ainda mais a dívida.

         Entretanto, o valor das exportações aumentou mais de 65%, desde 2004, o que significa que este conjunto de países têm um ambiente mais favorável ao investimento, e mais capacidades para fazer frente à dívida.

Meta: em cooperação com as empresas farmacêuticas, proporcionar o acesso a medicamentos essenciais a preços acessíveis nos países em desenvolvimento.

Disponibilidade de medicamentos

         Os países em desenvolvimento publicaram uma lista de medicamentos essenciais, que devem estar disponíveis no sistema de ajuda pública, em quantidades e preços apropriados para a população.

         A disponibilidade dos medicamentos nos estabelecimentos de saúde pública é muito insatisfatória, para a maioria dos países em desenvolvimento.

Isto deve-se aos seguintes factores:

  • Financiamento insuficiente;
  • Falta de incentivos;
  • Incapacidade de fazer previsões acertadas;
  • Ineficiências ao nível de aquisição, fornecimento e distribuição.

         Os fundos internacionais no domínio da saúde são importantíssimos para melhorar a aquisição e a distribuição de medicamentos para combater várias doenças. As empresas farmacêuticas também devem assegurar medicamentos a preços acessíveis para os países mais pobres e mais necessitados e os governos devem definir melhores metas para o sector farmacêutico e no domínio da saúde.

Disponibilidade de medicamentos por sectores

         A disponibilidade de medicamentos é mais elevada no sector privado, contudo os medicamentos são mais caros, logo a maior parte das pessoas não conseguem adquiri-los.

         Um estudo realizado em 30 países em desenvolvimento, revelam que no sector público a disponibilidade de medicamentos era de 35%, por sua vez no sector privado era de 63%. (Nota: A soma das percentagens não dá 100%, mas estes são os dados que constavam no Relatório sobre os ODM’s 2008, logo o erro não é nosso.)

         Alguns fabricantes de medicamentos já baixaram os preços para os sistemas de saúde pública, o que é muito benéfico.

Os genéricos

         Os genéricos são uma alternativa aos medicamentos originais, pois são mais baratos (os fabricantes dos genéricos não tem custos inerentes à investigação e à descoberta dos medicamentos). Todavia, só ¾ dos países em desenvolvimento é que utilizam genéricos em detrimento medicamentos de marca original.

Meta: em cooperação com o sector privado, tornar acessíveis os benefícios das novas tecnologias, em especial nas áreas da informação e comunicação.

Os telemóveis

         A utilização de telemóveis registou um crescimento acentuado, e no final de 2006, o número total de assinantes rondava os 2,7 mil milhões. Este crescimento verificou-se principalmente nos países com poucas redes fixas.

         Quase todos os países de África têm mais assinantes da rede móvel do que da rede fixa. Em 2006, 22% da população africana já possuía telemóvel, por sua vez, apenas 3% possuía telefone de rede fixa e 5% utilizavam Internet.

         Os progressos tecnológicos nestes países possibilitam a eliminação das disparidades entre as regiões em desenvolvimento e as regiões desenvolvidas, no âmbito das comunicações. É uma grande vantagem!

A internet

A Internet é outro meio de informação que terá uma contribuição benéfica para todos os outros ODM’s, no que diz respeito:

·         À redução da pobreza (objectivo 1);

·         A uma melhor educação (objectivo 2);

·         A um aumento de emprego (objectivo 3);

·         A cuidados de saúde, tanto de crianças (objectivo 4), adultos e idosos, como de grávidas (objectivo 5);

·         A um maior conhecimento sobre doenças (objectivo 6);

         A um maior conhecimento sobre cuidados com o ambiente e reciclagem (objectivo 7).

(Fonte: Relatório sobre os ODM’s 2008, gráfico da página 48, adaptado)

         Através de uma breve análise do gráfico, é possível verificar algumas discrepâncias entre os países, principalmente no ano de 2006.

         A Ásia Ocidental e a CEI, Europa evoluíram, consideravelmente, no domínio da utilização da Internet.

         Por sua vez, a África Subsariana, a Oceânia e a CEI, Ásia são as regiões do mundo que, apesar da utilização da Internet ter aumentado, ainda continuam muito distantes de alcançar as das metas previstas. Esta situação pode dever-se a duas razões: estes países não terem acesso a serviços comerciais de Internet ou, apesar de o terem, o custo dos serviços de Internet pode ser elevado.

Também verifica-se uma fortíssima discrepância entre os valores dos países desenvolvidos e os em desenvolvimento.

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