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Objectivos



  
O Ministério da Saúde de Cabo Verde está a preparar a mudança dos medicamentos administrados aos seropositivos que seguem o tratamento com antiretrovirais (ARVs) para reduzir os efeitos secundários provocados por esses fármacos. Saber mais
Erradicar a pobreza extrema e a fome

Situação Actual

Meta: reduzir para metade, entre 1990 e 2015, a percentagem de pessoas cujo rendimento é inferior a um dólar por dia.

Aumento dos preços alimentares

         O aumento do preço dos produtos alimentares favorece o comércio dos países exportadores, mas tem um impacto negativo nos países importadores, muitos deles são países pobres.

         Como as pessoas pobres não têm condições para produzir os seus próprios alimentos, são as mais prejudicadas com esta situação, pois gastam mais dinheiro para comprar os seus alimentos, dinheiro esse, que seria necessário para outros serviços, como a saúde ou a educação.

         Pelo contrário, os agricultores mais pobres irão beneficiar com esta subida de preços se conseguirem produzir mais do que consomem, isto é, obter lucro, o que por vezes é difícil dado que têm de comprar fertilizantes e pesticidas.

         Posto isto, de um modo geral, o aumento dos preços irá colocar mais pessoas na pobreza, na ordem dos 100 milhões, principalmente na África Subsariana e no Sul da Ásia.

As estimativas apontam para:

·         Escassos progressos na redução da pobreza na África Subsariana;

·         Aumento das taxas de pobreza na Ásia Ocidental;

·         Recuperação gradual face ao aumento da pobreza da década de 90, no Sudeste da Europa e na CEI.

Conflitos e guerras

         Os conflitos, as guerras e até mesmo as perseguições políticas obrigam as pessoas a abandonarem as suas casas, lançando-as na pobreza. Actualmente, há 42 milhões de pessoas que se encontram nesta situação, destas, apenas 16 milhões encontram-se em campos refugiados.

         No Sul da Ásia, na Ásia Ocidental e na África Subsariana encontram-se a maior parte da população refugiada.

Meta: alcançar o pleno emprego e assegurar que todas as pessoas, incluindo as mulheres e os jovens, consigam encontrar um trabalho digno e produtivo.

         Um trabalho digno e produtivo para todas as pessoas é uma condição essencial para reduzir a pobreza. Quando falamos em trabalho digno referimo-nos a um trabalho remunerado, de qualidade e segurança, com direitos para os trabalhadores.

         Em algumas regiões em desenvolvimento, como por exemplo na África Subsariana, é necessário que um grande número de pessoas trabalhe para satisfazer as necessidades da população, por vezes, esses trabalhos não são seguros nem remunerados.

         A maior proporção da população que trabalha é do sexo masculino. As mulheres continuam de parte, é, então, necessário promover os trabalhos femininos, integrar as mulheres numa maior diversidade de trabalhos e ajudá-las a conciliar o trabalho com as responsabilidades familiares.

         As regiões que registam grandes disparidades neste âmbito são o Norte de África e a Ásia Ocidental.

         Ainda há outra problemática relacionada com o emprego… Muitos jovens estão a trabalhar, em vez de investirem na sua educação, por exemplo, no Leste Asiático, o que não é nada positivo.

O baixo nível de remuneração dificulta a pobreza

*Dados preliminares.

 (fonte: relatório sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio 2008, gráfico da página 9, adaptado)

         Pela análise do gráfico anterior é possível verificar que, apesar de haver emprego, isso não é suficiente para acabar com a pobreza.

         Muitas pessoas que trabalham têm salários muito baixos, são os chamados “trabalhadores pobres”. Apesar da proporção de pessoas que se encontram nesta situação ter diminuído entre 1997 e 2007 (excepto na Ásia Ocidental), ainda verificam-se muitos casos, principalmente na África subsariana e no Sul da Ásia.

         Por outro lado, a CEI, Europa conseguiu eliminar a proporção de pessoas empregadas que vivem com menos de 1 dólar por dia, o que é muito positivo.

         Para além dos baixos salários, verifica-se também uma falta de segurança no emprego (na medida que, de um momento para o outro, os trabalhadores podem ser despedidos e voltarem a ficar na miséria) e uma elevada precariedade, principalmente para as mulheres.

Meta: reduzir para metade, entre 1990 a 2015, a percentagem de pessoas que sofrem de fome.

         Os progressos na redução da fome estão a abrandar, devido ao aumento mundial dos preços dos alimentos e, por sua vez, este aumento deve-se:

·         Ao aumento da procura dos produtos;

·         À políticas agrícolas impróprias;

·         Ao crescimento económico;

·         À expansão da população mundial;

·         À crescente urbanização;

·         À utilização de culturas alimentares para biocombustíveis.

         O aumento dos preços alimentares conduzirá a crises de fome e à desnutrição infantil e as populações pobres serão as mais afectadas.


(Fonte: relatório sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio 2008, gráfico da página 10, adaptado)

         A desnutrição que afecta as crianças com menos de 5 anos diminuiu bastante, especialmente no Sudeste e Leste Asiáticos. Contudo, ainda há 140 milhões de crianças com peso insuficiente, nos países em desenvolvimento, e com o aumento dos preços alimentares prevê-se que esta situação se volte a agravar.

         O Sul da Ásia é a região com mais crianças desnutridas (46% em 2006), por sua vez, o Leste Asiático, conseguiu reduzir em mais da metade a proporção de crianças com peso insuficiente, sendo de 7%, em 2006.

         Enquanto isso, a África Subsariana e a América Latina foram os países onde se verificaram poucos progressos.

         A zona onde as pessoas habitam é um factor determinante para a desnutrição, ao contrário do sexo, que nesta área e pouco significativo. De um modo geral, a probabilidade das crianças que vivem nas zonas rurais terem peso insuficiente é duas vezes superior às que vivem nas zonas urbanas.

         Excepcionalmente, no Leste Asiático, onde a desnutrição diminui, a probabilidade das crianças que vivem nas zonas rurais terem peso insuficiente é cinco vezes superior às que vive nas zonas urbanas.

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