Meta: eliminar as disparidades de género no ensino primário e
secundário, se possível até 2005, e em todos os níveis de ensino, o mais
tardar até 2015.
Desigualdade no ensino
Ensino primário
Entre 2000 e 2006, ocorreu um aumento na escolarização das raparigas em
todas as regiões em desenvolvimento. Contudo as raparigas representam
55% da população que não frequenta a escola.
O Sul da Ásia foi a região que mais progrediu neste âmbito. Por sua vez,
a Oceânia e a CEI, Ásia regrediram ligeiramente.
No ensino secundário
Nos países onde as disparidades de género no ensino primário são mais
reduzidas, há um maior número de raparigas a continuarem os estudos no
ensino secundário, ao contrário dos rapazes, que optam por principiar no
mercado de trabalho.
Tanto nas zonas rurais, como nas urbanas, tal como nas várias faixas
sociais, a frequência escolar dos rapazes prevalece em relação à das
raparigas.
Factores responsáveis pelo abandono escolar das raparigas:
·
Secas e escassez alimentar;
·
Conflitos armados;
·
Pobreza;
·
Trabalho infantil;
·
O VIH/SIDA;
·
Casamento precoce.
Iniciativas para incentivar as crianças a frequentar a escola e não
abandoná-la futuramente:
·
Criação de escolas-satélite;
·
Eliminação de propinas;
·
Fornecimento de refeições;
·
Promover a segurança escolar;
·
Construção de saneamento com melhor
qualidade e separado por género.
Desigualdade no emprego
As oportunidades de emprego para as mulheres aumentaram, contudo há
muitos casos deploráveis. Cerca de 2/3 das mulheres dos países em
desenvolvimento têm empregos precários, isente de segurança, de
benefícios e de boas condições.
Duma forma geral, as mulheres ocupam cerca de 40% dos trabalhos
remunerados fora da agricultura.
(fonte: Relatório sobre os Objectivos de
Desenvolvimento do Milénio 2008, gráfico da página 18, adaptado)
O Sul da Ásia, a Ásia Ocidental e o Norte de África são os países onde
há menor número de mulheres com empregos remunerados. Por outro lado, a
CEI é o país que tem um maior número, mas no entanto todas as regiões
obtiveram progressos.
Desigualdade na política
As mulheres estão um pouco mais presentes na tomada de decisões da sua
região, do que antigamente. Contudo, os progressos são lentos e
irregulares de região para região.
A nível mundial, os países nórdicos são os que possuem uma maior
representação feminina, na ordem dos 40%.
Na América Latina, África Subsariana e Sudeste Asiático verificou-se um
aumento considerável da representação feminina nos cargos políticos. Por
sua vez, verificou-se uma redução na Oceânia, portanto, esta é a região
com menor representação feminina nos parlamentos.
As mulheres estão ausentes de cargos mais elevados, mantêm-se somente
pelas câmaras.
No início de 2008, havia 7 mulheres entre os 150 Chefes de Estados e 8
mulheres entre os 192 Chefes de Governo. De uma forma geral, as mulheres
detêm apenas 16% dos cargos ministeriais, a nível global.
Factores que determinam a presença das mulheres em
cargos políticos:
·
Sistemas de quotas;
·
Vontade política;
·
Força dos movimentos nacionais de
mulheres;
·
O destaque da igualdade de género, pela
comunidade internacional;
·
Concessão de fundos para as campanhas.
Desigualdade nos campos refugiados