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Objectivos



  
A falta de alimentação adequada foi a principal causa para que mais de metade dos pacientes seropositivos em tratamento antiretroviral (ARV) na província de Sofala desistissem do tratamento em 2008. Saber mais
Melhorar a saúde materna

Situação Actual

 Meta: Reduzir em três quartos, entre 1990 e 2015, a taxa de mortalidade materna.

 

         A nível mundial, a mortalidade materna diminuiu, por exemplo, no Norte de África, na América Latina e no Sudeste Asiático a taxa de mortalidade materna diminuiu em 1/3. Contudo, os valores são insuficientes e estão muito distantes das metas previstas para 2015.

         Na África Subsariana os progressos são mínimos, o que é muito preocupante dado que é esta a região onde a taxa de mortalidade materna é mais elevada, isto irá dificultar em grande escala a consecução dos Objectivos de desenvolvimento do milénio (ODM’s).

         Porém, nem tudo são más notícias: a CEI e o Leste Asiático estão próximos de cumprir as metas.

         O mapa seguinte representa o número de mortes maternas por 100 mil nados-vivos (1990-2005).

(fonte: Relatório sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio 2008, mapa da página 24)

 

Acesso hospitalar e a presença de profissionais

         Muitas mulheres não acedem aos hospitais ou centros de saúde na hora do parto, ora porque têm de percorrer vários quilómetros ora porque têm receio de serem discriminadas.

         E, aproximadamente, 61% dos partos dos países em desenvolvimento são assistidos por profissionais qualificados. Contudo, a cobertura por pessoal qualificado continua ser baixa no Sul da Ásia e na África Subsariana, ironicamente, as duas regiões onde a mortalidade materna é mais elevada.

         À semelhança de outros objectivos, verifica-se grandes discrepâncias entre as diferentes zonas do mesmo país e entre as diferentes faixas sociais.

         Por exemplo, na África Subsariana (o pior dos casos), a probabilidade das mulheres das zonas urbanas possuir acesso a um parto num hospital assistido por profissionais qualificados é 3 vezes superior à das mulheres das zonas rurais. E o mesmo acontece às mulheres pertencentes as faixas sociais mais ricas, aqui, a probabilidade é 6 vezes superior à das mulheres mais pobres.

Os cuidados pré-natais

         Os cuidados pré-natais são importantes para garantir uma gravidez saudável e um parto isente de riscos.

         A proporção de mulheres dos países em desenvolvimento que foram examinadas pelo menos uma vez aumentou cerca de 1/4. Contudo a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a UNICEF recomendam, no mínimo, quatro consultas pré-natais.




O número de adolescentes grávidas também está a diminuir, embora lentamente.

         A maternidade precoce põe em risco a saúde e o bem-estar das mães e dos seus filhos. As mães jovens ficam privadas de educação, de conhecimentos sobre cuidados de saúde e de oportunidades socioeconómicas e, consequentemente, não sabem cuidar dos seus filhos e estes também podem ser privados de educação. Assim, a maternidade precoce faz aumentar a mortalidade materna e infantil.

         A quantidade de adolescentes grávidas é mais elevada na África Subsariana. Por sua vez, o Norte de África é a região onde verificou-se uma maior diminuição de adolescentes grávidas.

         Apesar desta situação preocupante, não se verifica uma grande procura de métodos contraceptivos por parte das mulheres jovens, o que conduz a mais mulheres grávidas e a um maior risco de propagação de doenças sexualmente transmissíveis.

Planeamento familiar

         Planeamento familiar, como o próprio nome indica, é o planeamento ou a pré-destinação do número de filhos que as famílias desejam ter e em que altura.

         Muitas mulheres desejam adiar a gravidez, devido aos riscos que os partos seguidos acarretam, mas tal necessidade não é satisfeita, principalmente nas famílias mais pobres da África Subsariana e da América Latina, devido à cultura, a tabus ou até mesmo à relação forçada – violação.

         A elevada taxa de fecundidade compromete a realização de outros ODM’s, tais como, a mortalidade infantil (objectivo 4), a fome e a subnutrição (objectivo 1) e o ensino primário universal (objectivo 2).

Tabela 1. A situação da mortalidade materna em algumas regiões.

*Dados referentes a CEI, Ásia.

 (fonte: relatório sobre os ODM’s 2008, apoiado nos gráficos da página 25 e 26)


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