Meta: integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas
políticas e programas nacionais e inverter a actual tendência para a
perde de recursos ambientais.
Emissões de gases com efeito de estufa
A emissão exagerada de
certos gases (CO2, CFCs, CH4, HNO3)
provoca efeitos nefastos no planeta, pois contribui para o aumento do
efeito de estufa e, consequente, aumento da temperatura global. E,
actualmente, todos sabemos e até sentimos as consequências de tal
fenómeno.
(Fonte: relatório sobre os Objectivos de desenvolvimento do milénio
2008, gráfico da página 36, adaptado)
Atendendo aos dados do gráfico notamos que:
·
As emissões de CO2, com a excepção da
CEI, aumentaram em todo o mundo, mas foi nos países em desenvolvimento
onde verificaram-se as maiores e mais disparatadas subidas, pois a
quantidade de CO2 ascendeu para o dobro entre 1990 e 2005.
·
O
sudeste Asiático foi o país que registou o maior aumento.
·
Na
totalidade, as emissões deste gás atingiram, aproximadamente, 28 mil
milhões de toneladas métricas, em 2005. Aumentando, desta forma, 30% de
1990 para 2005.
As graves e contínuas
emissões de substâncias que destroem a camada de ozono (ODS), sobretudo
o CO2 (apesar de não ser o mais poluente, é o mais emanado
para a atmosfera), contribuem para o aumento do aquecimento global, que
por sua vez afecta todos os países, os mais afectados, para além das
zonas geladas, são a Ásia e África, porque estão mais expostos a
condições climáticas extremas e as suas populações não possuem condições
para lidar com as consequências que daí advêm.
Iniciativas ligadas à redução das ODS:
Protocolo de Quiotoà
os países nele envolvidos concordaram em reduzir,
até 2012, 5% das emissões destes gases em relação aos níveis de 1990.
Porém, os E.U.A., o principal emissor de CO2, não colaborou
com este protocolo.
Protocolo de Monterealàlevou
à eliminação de 96% das substâncias que destroem a camada do ozono.
Graças a este protocolo, o consumo de ODS e clorofluorcarbonetos (CFC)
diminuíram drasticamente nos países desenvolvidos (1 milhão de toneladas
métricas) e mais suavemente nos subdesenvolvidos.
Protecção das zonas marinhas e conservação dos solos
Em 2007, cerca de 21 milhões de quilómetros quadrados de mar e de solo
encontraram-se sob protecção. Porém, apenas 0,7% dos oceanos estão
protegidos, o que corresponde a 2 milhões de quilómetros quadrados.
É necessário que a comunidade internacional continue a incentivar a
protecção do meio marinho e terrestre e, além disso, investir numa
gestão correcta das zonas já protegidas, para garantir a sua
sustentabilidade e conservação. É imperativo proteger a biodiversidade!
Animais em vias de
extinção
O número de espécies em vias de extinção está a aumentar cada vez mais,
ao longo dos anos. É necessário salvá-los para garantir o equilíbrio dos
ecossistemas.
A protecção das florestas
A desflorestação, processo pelo qual desaparecem inúmeras florestas (ou
massas florestais), pode ser causada por factores naturais (incêndios
causados pelo aquecimento global) ou por factores antropogénicos (abate
de árvores para obtenção de terrenos de cultivo para a indústria
madeireira, é um exemplo).
É importante proteger as florestas, pois elas trazem-nos muitos
benefícios:
·
Absorvem grandes quantidades de CO2, o
que impede o agravamento do efeito de estufa, possuindo um papel
importantíssimo na atenuação das alterações climáticas.
·
Contribuem para a conservação dos solos, dos recursos hídricos, da
biodiversidade.
·
Podem reforçar a economia de uma região ou país quando é bem gerida;
·
Permitem um espaço de sossego, lazer e bem-estar para as gerações
actuais e futuras.
·
Garantem a sustentabilidade ambiental.
O lado positivo é que a perda das florestas está a diminuir, graças ao
aumento da plantação de novas árvores, à recuperação das paisagens e à
expansão natural das florestas. Todavia, as novas florestas não possuem
o mesmo valor ecológico em termos de biodiversidade nem em termos de
benefícios para às comunidades que dependem das florestas.
Desde 1990, a área florestal nomeada para a conservação da
biodiversidade aumentou quase 1/3 e a área designada para a protecção
dos solos e recursos hídricos aumentou mais de 50 milhões de hectares.
Meta: reduzir para metade, até 2015, a percentagem da população sem
acesso permanente a água potável e a saneamento básico.
Escassez de água
Até hoje pensa-se que a água é um recurso renovável.
Mas será isso um
motivo suficiente para o Homem desperdiçá-la e polui-la? Se alguém
responder de forma afirmativa a esta questão é uma pessoa egoísta e
ignorante.
No último século, a utilização de água tem aumentado a um ritmo 2 vezes superior ao da população. Vejamos os extremos na seguinte figura.
Quase metade da
população mundial não tem acesso a água potável…
·
1,2
milhões dessas pessoas recorrem aos lagos e caudais de rios e ribeiras
para obterem água:
ü
As
situações mais graves são no Norte de África, Ásia Ocidental e em
algumas regiões da Índia e da China.
ü
Como
consequência verifica-se a degradação ambiental e a competição pela água.
Estima-se que se ocorrer uma 3ª Guerra Mundial será por causa da água.
·
Por
outro lado, 1,6 milhões dessas pessoas vivem em zonas de escassez
económica de água, ou seja, apesar de existir na natureza local água
suficiente, não há capital humano e financeiro que permita aceder a essa
água:
ü
As
situações mais graves são no Sul da Ásia e na África Subsariana.
* Não existem dados relativos a 2000.
(Fonte:
relatório sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio 2008,
gráfico da página 42, adaptado)
Contudo, o acesso a
água salubre está a aumentar. Desde 1990, 1,6 milhões de pessoas
obtiveram acesso a água de melhor qualidade.
O Sul da Ásia, o
Leste Asiático e a América Latina obtiveram grandes avanços e já
conseguiram cumprir a meta estipulada para 2015, relativamente à
proporção de população com acesso a água potável de melhor qualidade. Há
ainda outros países do mundo em desenvolvimento que estão quase a
alcançar a mesma meta. Apesar disso, a Oceânia e a África Subsariana
ainda estão muito distantes de cumpri-la. Será necessário um maior
esforço por parte destas regiões.
Em 2006, 96% da
população das zonas urbanas tinham acesso a água potável de qualidade,
comparado com 78% da população das zonas rurais.
Apesar dos
progressos decorrentes, actualmente, há quase mil milhões de pessoas sem
acesso a fontes seguras de água potável, o que é um valor descomunal.
A busca de água…
(Fonte: Relatório
sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio 2008, gráfico da
página 40, adaptado)
Desde 1990, o número de pessoas com acesso a melhores instalações
sanitárias aumentou 1,1 mil milhões, nos países em desenvolvimento. Foi
no Sudeste e Leste Asiático que se verificaram as melhorias mais
significavas, contudo, ainda estão longe da meta estipulada. Os países
que registaram baixos aumentos e que ainda continuam muito afastados da
meta prevista são a África Subsariana e o Sul da Ásia.
Aproximadamente, 2,5 mil milhões de pessoas continuam sem acesso
melhorado de saneamento: mil milhões na Ásia e outros 500 milhões na
África Subsariana.
É importante denotar que 70% das pessoas que não têm acesso a boas
condições de saneamento, vivem em zonas rurais.
Quase ¼ da população dos países em desenvolvimento não possui qualquer
tipo de saneamento. Enquanto 15% utilizam instalações sanitárias que não
garantem uma separação higiénica entre os dejectos humanos e as próprias
pessoas, o que é propício a muitas doenças, nomeadamente: doenças
diarreicas, cólera, infecções por vermes, hepatites, entre outras.
Embora a defecação em céu aberto esteja a diminuir, continua a ser
praticada por quase metade da população do Sul da Ásia e por ¼ da
população da África Subsariana, nunca é demais acrescentar que a maior
parte dessas pessoas habitam em zonas rurais.
Meta: até 2020, melhorar consideravelmente a vida de pelo menos 100
milhões de pessoas que vivem em bairros degradados.
Bairros degradados
Os bairros degradados são outro problema para as populações de vários
países, pois afecta, em demasia, a qualidade de vida das pessoas que
neles habitam.
Características de
um bairro degradado:
·
Ausência de saneamento;
·
Ausência de abastecimento de água, potável e não potável;
·
Elevada criminalidade;
·
Superlotação;
·
Habitações com baixa durabilidade e má qualidade.
Nem todos os bairros degradados têm as mesmas dificuldades, por exemplo:
no Norte de África 9 em cada 10 famílias que vivem nesses bairros não
possuem espaço suficiente nem boas condições de saneamento; na África
Subsariana as famílias também carecem de um melhor saneamento; e por fim,
na Ásia os bairros apresentam apenas superlotação e baixa durabilidade
das habitações.
Verifica-se ainda uma grande disparidade nos valores da população das
zonas urbanas, em comparação com as das zonas rurais. São necessários
grandes esforços para equilibrar estes valores.
(Fonte: Relatório
sobre os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio 2008, gráfico da
página 43, adaptado)
Com certeza que será
necessário grandes investimentos para reverter estes valores, contudo,
basta, por vezes, intervenções simples e de baixo custo para melhorar
alguns destes problemas, e isso, já seria uma pequena grande ajuda para
as famílias desses bairros.